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Repudiar a intolerância

Textos e Fotos de: Carlos Morgadinho
Adiaspora.com

Foi inaugurado, finalmente, na nossa cidade de Toronto, a placa perpetuando o feito altruísta dum português que há muito nos deixou pela chamada do Criador. Falo do nosso ex-cônsul-geral na cidade francesa de Bordéus, de 1938 a 1940, Aristides de Sousa Mendes. Não só como cidadão português mas como defensor dos direitos dos cidadãos contra os abusos e até assassinatos de detidos sem culpa formada sem julgamentos imparciais, exceto os sumários, onde muitas vezes acaba pela execução e numa vala comum como ultima morada. Defendo sim a tolerância e a irmandade entre os povos e seus governos não deixando lugar para totalitarismos e xenofobias. Por esta e muitas outras razões admiro as ações corajosas de pessoas dum passado recente dos quais destaco Gilberto Bosques Saldivar, Jose Castellanos Contreras, Aracy de Carvalho Guimarães Rosa, Luís Martins de Sousa Dantas, Príncipe Constantin Karadja, Arcebispo Ângelo Giuseppe Roncalli (Papa João 23), Selahattin Ulkumen,  Angelo Rotta, Friedrich Borns, Chiune Sugihara, Victor Bodson, Frank Foley, Corrie ten Boom e muitos outros incluindo o nosso Aristides de Sousa Mendes que, arriscando as próprias vidas, subtraíram duma morte certa, se caíssem nas mãos dos Nazis, milhares de judeus e refugiados durante a Segunda Guerra Mundial.

Honras lhes sejam feitas a estes heróis sem fronteiras. Se todos fossemos como eles não havia assassinatos por atacado, genocídios e violações dos direitos humanos praticados por muitas nações, hoje ditas civilizadas e…defensoras desses direitos universais e humanos. Mas infelizmente estamos num “mundo cão” onde não há respeito nem tolerância pelo nosso irmão, vizinho, colega só porque professa outro credo ou pela pigmentação de pele ou nacionalidade diferente.

É triste mas isto está acontecendo com frequência, nos nossos dias, e com mais e mais incidência. Mas que pudemos fazer? Muito. Mas mesmo muito. Uma dessas nossas reações é pararmos de assobiar para o lado para não vermos. Devemos manifestar com firmeza junto dos nossos governantes para que repudiem energeticamente junto dos governos dessas nações violadoras para que arrepiem caminho e perscrutem os verdadeiros culpados. Só assim se constrói e desenvolve o amor pelo próximo numa irmandade fora da utopia secular e do marasmo do encolher de ombros.

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